A dívida consolidada das 239 empresas de capital aberto do Brasil (desconsiderando a Vale e Petrobras) chegou a R$ 1,21 trilhão em março deste ano, conforme estudo realizado pela Economatica, divulgado nesta segunda-feira, 24.
De dezembro de 2011 até março de 2021, houve um crescimento de 149,7%. Se desconsiderada a inflação acumulada de 66,72%, medida pelo IPCA, o aumento foi de 49,8%
A dívida líquida em março totalizou R$ 775 bilhões, uma elevação nominal de 326% de dezembro de 2011 até março de 2021; se descontada a inflação, a alta foi de 155,5%.
O caixa das empresas no mês em análise somou R$ 438 bilhões, crescimento de 44,1% contra dezembro de 2011 ou queda de 13,6% considerando a inflação do período.
O setor de energia elétrica foi o setor com maior estoque de dívida em março, com R$ 286 bilhões, alta de 20,5% sobre dezembro de 2011.
Já a dívida líquida do setor foi de R$ 202,6 bilhões, com caixa de R$ 84,2 bilhões no terceiro mês de 2021.
Petrobras e Vale
Nos estudos, a Petrobras sempre regitrou um caixa superior ao da Vale. Entretanto, em dezembro de 2020, a empresa perdeu a liderança, posição que agora pertence à Vale.
Em dezembro de 2019, o caixa da Petrobras foi de R$ 33,29 bilhões, contra R$ 29,62 bilhões da Vale.
Já em dezembro do ano seguinte, a mineiradora reportou um caixa de R$ 70,08 bilhões, ante os R$ 64,28 bilhões da Petrobras, consolidando o primeiro lugar no ranking em março deste ano, quando chegou a R$ 73,39 bilhões, enquanto a petroleira totalizou R$ 71,45 bilhões.
A dívida total bruta da Vale em março foi de R$ 78,6 bilhões, enquanto a dívida líquida somou R$ 5,26 bilhões, queda de 91,9% sobre dezembro de 2011.
A Petrobras registrou uma dívida bruta 55,9% maior que a obtida em dezembro de 2011, para R$ 404,3 bilhões. Já a dívida líquida teve crescimento de 93,8%, chegando a R$ 332,8 bilhões.
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