O Federal Reserve (Fed) divulgou na última quarta-feira, 7, sua decisão relacionada à política monetária dos Estados Unidos. O Federal Open Market Committee (Fomc) não alterou os valores de juros e reiterou que não haverá mudanças tão cedo. Os juros nos Estados Unidos seguem entre 0% e 0,25% ao ano.
Os integrantes do Fomc disseram que os US$ 120 bilhões por mês em compras de títulos “estavam fornecendo um apoio substancial à economia”, o que animou os investidores.
Segundo a ata do banco central norte-americano, as autoridades estão cientes das melhoras observadas na economia do país, porém, eles avaliam que é necessário um progresso maior antes de fazerem mudanças nas políticas monetárias.
“Os participantes observaram que provavelmente levará algum tempo até que progressos substanciais em direção às metas de pleno emprego e estabilidade de preços do Comitê sejam realizados”, diz o texto da ata.
Embora o panorama econômico esteja evoluindo por conta das vacinas e dos estímulos fiscais, o mercado de trabalho segue distante dos níveis verificados antes da pandemia e a meta da inflação, que gira em torno de 2%, também não está próxima de acontecer.
Com isso, o Fed argumenta que a elevação de preços observada recentemente no país são uma pressão passageira, e que a alta dos juros futuros é natural, de modo que pode ser considerado uma sinalização do mercado para o crescimento do país.
A decisão de qualquer mudança em relação a política monetária deve ser comunicada com antecedência pelo Comitê, segundo a ata do Fomc. "Vários participantes destacaram a importância do Comitê comunicar claramente sua avaliação do progresso em direção às metas de longo prazo com bastante antecedência em relação ao momento em que poderia ser considerado substancial o suficiente para justificar uma mudança no ritmo de compras de ativos”, diz o texto.
A expectativa hoje é pela fala do presidente do Fed, Jerome Powell, que deve acontecer no período da tarde.
Reflexos nas bolsas de valores
Sem grandes mudanças na postura dovish do banco central dos Estados Unidos, a indicação de que o ritmo de compras de ativos se mantém na casa dos US$ 120 bi anima o mercado.
Os olhos também estão voltados para o novo pacote de US$ 2 trilhões em estímulos fiscais do governo Biden que está em tramitação por lá. Se aprovado pelo Congresso, o plano deve gerar 2,5 trilhões em receitas adicionais ao governo americano em até 15 anos.
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