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Banco Central Europeu mantém taxa de juros e programa de estímulos

O Banco Central Europeu (BCE) manteve sua política monetária inalterada em reunião realizada nesta quinta-feira, 22. Com isso, a compra de títulos de emergência deve permanecer agressiva e os custos de empréstimos próximos de zero.


Isso porque, a Europa viu o ressurgimento do vírus e teve dificuldades com o avanço da vacinação em alguns países no começo deste ano. Logo, as empresas ainda enfrentam restrições nos serviços e o bloco econômico voltou para a recessão.

“Os dados econômicos recebidos, pesquisas e indicadores de alta frequência sugerem que a atividade econômica pode ter contraído novamente no primeiro trimestre deste ano, mas apontam para uma retomada do crescimento no segundo trimestre”, disse Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu.

Em comunicado, o BCE informou que o programa de compra de títulos de emergência continuará agressivo, em 1,85 trilhão de euros (aprox. R$ 12,24 trilhões), até pelo menos março de 2022 ou até quando a crise da Covid-19 for superada.


Os rendimentos dos títulos aumentaram em toda a Europa este ano, refletindo em parte as perspectivas econômicas mais promissoras, mas também um efeito da recuperação nos EUA.

Isso pressiona os governos europeus a aumentarem os gastos para apoiar trabalhadores e empresas afetadas por paralisações relacionadas à pandemia.


Já as principais taxas de juros, como a de refinanciamento e a de depósitos, permanecem em 0% e -0,5%, respectivamente, com o compromisso de manter os empréstimos de longo prazo aos bancos e manter o fluxo de crédito às empresas e às famílias.


Assim como a compra de títulos, a compra de ativos também permanece sem mudanças. Ficam em 120 bilhões de euros (aprox. R$ 793,91 bilhões), a um ritmo mensal de 20 bilhões de euros (aprox. R$ 132,32 bilhões), “pelo tempo que for necessário”.


Possíveis mudanças


Em março, as autoridades concordaram em intensificar as compras de ativos e títulos neste trimestre em vista da nova recessão. Porém, essa decisão será revista em junho, com algumas autoridades já pedindo redução no terceiro trimestre.


A decisão desta quinta-feira, abre espaço para uma negociação intensa no encontro de 10 de junho, quando terão que decidir se reduzem as compras, mesmo que isso signifique permitir que os custos de empréstimo aumentem.


Nas últimas semanas, a União Europeia acelerou significativamente sua campanha de vacinação, abrindo caminho para uma recuperação econômica ainda este ano. Embora no momento, grande parte do bloco ainda enfrente restrições severas para combater o nível elevado de infecções.

“O avanço das campanhas de vacinação, que deve permitir um relaxamento gradual das medidas de contenção, deve abrir caminho para uma retomada firme da atividade econômica ao longo de 2021”, disse Lagarde.

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