Depois que a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s retirou o selo de bom pagador do Brasil nesta quarta-feira, a reação do mercado não poderia ser diferente: Ibovespa em queda e dólar em alta.
Às 10h50, o índice brasileiro recuava 1,25% e o dólar subia 1,83%, cotado a R$ 3,87.
O mercado agora vive um dilema: a iniciativa da S&P deverá impulsionar as outras agências à reavaliarem a capacidade do Brasil em permanecer no grau de investimento? Caso outra agência de classificação de riscos siga o mesmo passo, o Brasil perderá, de fato, o selo de bom pagador.
Para alguns analistas consultados pelo Infomoney, a decisão, que aconteceu após o governo entregar um Orçamento de 2016 com déficit de mais de R$ 30 bilhões, deve ser seguida por outras grandes agências de rating. Outros acreditam que o pior de tudo foi a manutenção da perspectiva negativa, que dá a entender que haverá mais um rebaixamento.
Há quem repasse a culpa à presidente Dilma, já que houve confusão no planalto sobre o seu papel e de seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O dólar, que disparou após a revisão do rating do Brasil pela agência S&P, também já tem novas perspectivas. Em relatório, o Société Générale afirma esperar que o dólar chegue em R$ 4,40 nos próximos dois meses, e que o câmbio a R$ 4,00 no final de 2015 parece otimista.
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