A CCR (CCRO3) foi a maior vencedora do primeiro leilão da Infra Week. O grupo, que já é líder na administração das rodovias do país, angariou os blocos sul e central do leilão desta quarta-feira na B3, em São Paulo. Já o bloco norte ficou com a Vinci Airports, empresa francesa que opera aeroportos.
A oferta feita pela CCR no bloco sul foi 1.534% maior do que o preço mínimo do edital, que era de R$ 130 milhões. O valor oferecido pelos nove aeroportos que compõe o bloco foi de R$ 2,128 bilhões. As outras duas propostas que entraram na disputa foram da Aena Dessarrollo Internacional (R$ 1,05 bilhão) e da Infraestrutura Brasil Holding XII (R$ 300 milhões).
Compõe o bloco sul os aeroportos de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR), Navegantes (SC), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS). A previsão de investimento nos empreendimentos, ao todo, é de R$ 2,8 bilhões.
Já pelo bloco central, a CCR ofereceu R$ 754 milhões, valor 9.156% superior a proposta mínima de R$ 8,1 milhões. Os aeroportos arrematados foram de Goiânia (GO), São Luís (MA), Imperatriz (MA), Teresina (PI), Palmas (TO) e Petrolina (PE). Para os seis, é esperado um investimento de R$ 1,8 bilhão.
O grupo francês que ficou com o bloco norte arrematou os sete aeroportos por R$ 420 milhões (ágio de 778%) e o investimento esperado nos ativos é de R$ 1,4 bilhão. Compõe o bloco os aeroportos de Manaus (AM), Tabatinga (AM), Tefé (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), e Boa Vista (RR).
Os 22 aeroportos leiloados correspondem a 11% do tráfego aéreo nacional de passageiros, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os valores do arremate devem ser pagos ao governo após o leilão.
A partir do quinto ano de contrato, os consórcios ainda terão de pagar um percentual da receita obtida a cada ano, até o fim do contrato que é de 30 anos.
Veja o que será leiloado nos próximos dias de Infra Week aqui.
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