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China tem nova desvalorização; Brasil é rebaixado mas mantém selo de bom pagador


Pelo segundo dia consecutivo, a moeda chinesa gera preocupação ao mundo todo, ao ponto de alimentar temores de uma guerra cambial. As autoridades, mais uma vez, usaram como manobra a desvalorização do iuan para favorecer as exportações chinesas.

Apesar disso, o banco central chinês não confirma que suas ações têm por finalidade auxiliar as exportações, mas que são parte de uma reforma do sistema cambial, com o objetivo de aproximá-lo do mercado. A moeda chinesa acumula uma desvalorização de 3,5%.

Com essa nova queda do iuan, o mercado tem impacto negativo nas bolsas asiáticas, as bolsas de Hong Kong, Hang Seng e a de Tóquio, Nikkei, tiveram quedas de -2,38% e 1,58%, respectivamente. Além disso, o preço do petróleo em Nova York também foi atingido, chegando ao menor nível em seis anos.

Aqui no Brasil, o mercado também repercute a notícia do corte da Moody’s no rating do Brasil, que saiu de Baa2 para Baa3, indo para o último patamar da escala de grau de investimento. Apesar disso, a agência manteve o Brasil no grau de investimento e a perspectiva saiu de negativa para estável, o que diminui temores de que o Brasil possa perder o selo de bom pagador.

Segundo a Moody’s, dois fatores foram determinantes para o rebaixamento: o desempenho econômico mais fraco do que o esperado e a falta de consenso político sobre as reformas fiscais; e em segundo lugar, o endividamento do país e o comportamento da dívida, que continuarão se deteriorar ainda este ano e em 2016.

“A Moody’s espera que o crescente endividamento só estabilizará no fim do governo atual”, completa a agência.

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