O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (9), por unanimidade, manter a Selic no patamar de 2% ao ano, em seu menor nível histórico.
Com isso, a decisão da autarquia monetária seguiu a expectativa dos analistas consultados pelo BC no último Boletim Focus, publicado na última segunda-feira.
Para o próximo ano, o relatório aponta que a taxa básica de juros do país deve ficar em 3% ao ano.
Afinal, como é decidido se há ou não corte?
O Banco Central tem como missão controlar a inflação do país e, por isso, utiliza o sistema de metas como base. Para 2020, a meta central inflacionária é de 4%, oscilando entre 2,5% a 5,5%. Já para 2021, o objetivo da inflação é de 3,75%, com variação de 2,25% a 5,25%.
A cada 45 dias, o Copom se reúne para decidir como ficará a Selic. A decisão é baseada em vários indicadores financeiros do país, sendo que, ao fim do encontro, a taxa pode sofrer alguma alteração, tanto para mais quanto para menos, assim como também ficar estável.
O que é a Selic?
Para quem é do ramo financeiro, com certeza já sabe de cor a importância da Selic à economia brasileira. Ela nada mais é do que a taxa básica de juros no Brasil. Sua sigla significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
Dessa forma, a Selic influencia todas as demais taxas de juros no Brasil, como as que são cobradas em empréstimos, financiamentos e, até mesmo, em retorno em aplicações financeiras, como títulos do Tesouro Direto.
A taxa Selic foi criada em 1979, na época em que a economia brasileira enfrentava um cenário (hiper) inflacionário. Por isso, seu objetivo sempre foi conter a inflação, uma vez que sua mudança, determinada pelo Banco Central, está diretamente relacionada ao controle do aumento de preço dos produtos.
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