A 14ª operação da Lava Jato foi intitulada de “Erga Omnes”, que em latim significa que uma norma ou decisão “valerá para todos”. A partir do nome, já entendemos que a nova fase tem como objetivo apreender todos os alvos da operação, sem exceções.
Essas exceções na nova fase têm nome e sobrenome: Construtora Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez; que inclusive, eram motivos de questionamento por não terem sido alvos da Lava Jato na sétima fase, em que executivos de outras companhias foram presos, como da OAS e UTC.
O Ministério Público Feral acusa as empresas de possuírem um esquema “sofisticado” de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior.
Nessa fase serão cumpridos 59 mandatos judiciais em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Na madrugada dessa sexta-feira, a Polícia Federal informou que 9 dos 12 mandatos já haviam sido cumpridos, dentre eles do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Masques Azevedo. Além de deles, também foram presos os diretores da Odebrecht Alexandrino Alencar, Márcio Faria, Rogério Araújo e Cesar Ramos Rocha.
Do total de 12 mandatos, 6 são de São Paulo, cinco já foram cumpridos e estão na sede da PF, dentre eles os presidentes das duas companhias, e diretores da Odebrecht. O avião levará todos os detidos para Curitiba essa tarde.
Segundo o delegado, Igor Romário, os presidentes tinham domínio completo de atos que levaram à formação do cartel e fraude nas licitações, além de pagamento de propinas.
Em nota publicada essa manhã após as prisões, a Odebrecht defende: "Como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações". Ainda informou estar acompanhando o andamento das investigações da 14ª fase da Operação Lava Jato.
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