Com a inflação sob controle e a taxa básica de juros da economia em seu menor nível histórico, de 2% ao ano, a procura por alternativas de investimentos se intensificaram.
Investidores brasileiros buscaram a diversificação de seu portfólio. Com isso, a base de investidores de varejo na B3 apresentou crescimento de 84%, atingindo 3,1 milhões de contas em setembro.
O resultado do terceiro trimestre da companhia veio positivo, com receita líquida total crescendo 49,6% no comparativo com o mesmo período do ano passado, impulsionada pelo mercado à vista de ações que apresentou alta de 67,7%.
Além disso, a grande onda de ofertas públicas (IPOs, na sigla em inglês), com aumento de 33,4% nas receitas com listagens, com 13 estreias de empresas no período, também contribuiu para esse bom desempenho.
A manutenção dos altos volumes negociados influenciou para uma geração de caixa crescente no terceiro trimestre, com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subindo 50,1% quando comparado ao mesmo período de 2019.
A margem Ebitda do período cresceu 6,7 pontos percentuais na mesma base de comparação, refletindo a alavancagem operacional e o maior controle de despesas, aliada a uma baixa revisão de provisões.
O lucro líquido recorrente somou R$ 1,14 bilhão, alta de 34,4% ante o mesmo período de 2019, ficando levemente acima do consenso de mercado.
Fonte: TradeMap Web
Outro fator positivo do período foi a reorganização em sua estrutura de capital, com a redução de seu endividamento, chegando a uma alavancagem de 1,2x – decorrente da emissão de debênture no mercado local e pela revisão de provisão.
A companhia ainda revisou a previsão de 2020 para dívida bruta/Ebitda recorrente dos últimos 12 meses, de até 1,5 vez para até 1,2 vez. E reafirmou o orçamento de seu investimento e as frentes para o controle de despesas.
Projeções para 2020
REVISADO: Endividamento de até 1,2x Dívida Bruta/EBITDA recorrente dos últimos 12 meses (anteriormente: de até 1,5x) (1,0x em dez/19);
REAFIRMADO: Orçamento de investimentos de R$ 395 milhões até R$ 425 milhões (R$ 279 milhões em 2019);
REAFIRMADO: Orçamento de despesas atreladas ao faturamento de R$ 170 milhões até R$ 200 milhões (R$ 239 milhões até 2019);
REAFIRMADO: Orçamento de despesas operacionais ajustadas de R$ 1.125 milhões até R$ 1.175 milhões (R$ 1.074 milhões em 2019);
REAFIRMADO: Orçamento de depreciação e amortização, incluindo amortização de intangíveis e mais valia, de R$ 1.030 milhões até R$ 1.080 milhões (R$ 1.030 milhões em 2019); e
REAFIRMADO: Distribuição do lucro aos acionistas de 120% - 150% do lucro líquido societário (130% em 2019).
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