A projeção para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 2020 subiu 0,67 ponto percentual, passando de 3,54% para 4,21%. Essa é a 17ª semana seguida de correção para cima, aponta o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 7.
De acordo com o jornal Valor Econômico, a expectativa furou a meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central, que é de 4% neste ano. Isso ocorreu após a adoção da bandeira tarifária vermelha nível 2 em dezembro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Por outro lado, para o próximo ano, a previsão para o IPCA caiu 0,13 ponto percentual na comparação semanal, de 3,47% para 3,34%.
Vale destacar que a meta perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A estimativa para o Produto Interno Bruto também subiu para este ano, passando de queda de 4,50% para retração de 4,40%, sendo a terceira alta seguida nessa linha de comparação, vindo de um piso de -6,54% no final de junho.
Para 2021, a expectativa para a economia brasileira avançou 0,05 ponto percentual, para 3,50%.
Enquanto isso, a projeção para a Selic ficou inalterada para este ano, no patamar de 2% ao ano, mesmo nível há 23 semanas. Para 2021, a previsão para a taxa básica de juros do Brasil é de 3% ao ano, mesma estimativa da semana anterior.
A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deste ano está marcada para terça e quarta-feira desta semana.
Por último, a previsão para o dólar no final de 2020 caiu de R$ 5,36 para R$ 5,22. Para o ano que vem, a projeção saiu de R$ 5,20 para R$ 5,10.