Mesmo com tantos aumentos consecutivos da taxa de juros, o país não está conseguindo combater a elevação da inflação e as perspectivas de contração da economia que, segundo economistas, tendem a atingir um patamar elevado neste ano. Antes estimado em 8,39%, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela 8ª semana consecutiva, atingindo 8,46%. Junto com essa alta, analistas reduziram a perspectiva do crescimento da economia.
A pesquisa foi conduzida e divulgada pelo Banco Central no Boletim Focus, ela é composta por avaliações de analistas de 100 instituições financeiras. A pesquisa mostra um recorde na inflação de 2015, se confirmada, será a maior em 12 anos, quando em 2003 a inflação atingiu 9,3%. A inflação oficial do governo, divulgada em maio, está em 8,26%.
Ainda no Boletim Focus, a expectativa é que haja mais uma elevação na taxa de juros básica de 0,25 pontos percentuais, atingindo os 14%. Esse número em 2016 reduziria para 12%.
O mercado estima que o PIB (Produto Interno Bruto) tenha uma contração de 1,30% neste ano, anteriormente este percentual estava em 1,27 e segue a terceira queda consecutiva. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos – desde 1990 quando foi registrada queda de 4,35%. Juntamente com essa redução, outra previsão que apresenta piora é a produção industrial, saindo de uma queda de 2,80% para 3,20%.
Para 2016 as estimativas permanecem as mesmas: crescimento de 1% para o PIB brasileiro, Selic em 12%, Inflação (IPCA) em 5,5% e crescimento de 1,50% para a indústria.