O Bradesco registrou lucro recorrente de R$ 3,753 bilhões no primeiro trimestre de 2020, o que representa uma queda de 39,8% em relação ao mesmo período de 2019. O lucro contábil foi de R$ 3,382 bilhões, cifra 41,9% inferior.
Contudo, o banco informou uma provisão de R$ 2,7 bilhões feita para absorver perdas com o aumento da inadimplência esperado com a crise da pandemia do novo coronavírus.
Com a queda, o retorno sobre o patrimônio caiu de 20,5% nos três primeiros meses de 2019 para 11,7 no mesmo intervalo de tempo deste ano.
O resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam um lucro em torno de R$ 6,069 bilhões para o período. No entanto, esses números não consideravam eventuais provisões adotadas pelo Bradesco.
Segundo a instituição financeira, houve reforços nas provisões em consequência do cenário econômico adverso que poderá resultar no aumento do nível de inadimplência.
A margem financeira do Bradesco subiu apenas 2,9% frente ao primeiro trimestre de 2019 e somou R$ 14,5 bilhões. Dessa forma, o resultado mais fraco do banco não ocorreu somente por provisões extras para o período.
O desempenho foi provocado pela queda de 27,8% nas receitas da tesouraria da companhia. Já a margem com clientes, que inclui as receitas com os financiamentos menos os custos de captação, subiu 8,4%.
Ibovespa
O resultado não agradou nem um pouco o mercado. Às 10h40, os papéis preferenciais e ordinários lideravam as maiores baixas do pregão desta quinta-feira, 30. Acompanhe a cotação em tempo real com o TradeMap.
Bradesco (BBDC4 e BBDC3), às 10h40, no TradeMap
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