A rede de hospitais Mater Dei decidiu seguir em frente com sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mesmo tendo que precificar os ativos abaixo da faixa indicativa pelos coordenadores da operação.
De acordo com o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última quarta-feira, 14, os papéis foram precificados a R$ 17,44 cada, movimentando cerca de R$ 1,6 bilhão – sendo que, desse montante, R$ 1,4 bilhão vai para o caixa da companhia, por se tratar de uma oferta primária. Enquanto o restante (R$ 218,4 milhões) foi para os acionistas vendedores.
Com isso, a ação teve um desconto de 20% sobre o piso da faixa estimada do IPO, que ia de R$ 21,80 a R$ 26,20.
Segundo a Mater Dei, os recursos provenientes da tranche primária serão utilizados para:
Permitir a venda de participações nas ações
Obter recursos para investir na construção de novos hospitais e leitos
Realizar a aquisição de rivais menores e startups
Os papéis serão negociados no Novo Mercado da B3 a partir da próxima sexta-feira, 16, sob o código MATD3. O IPO foi coordenado por BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA, J.P. Morgan e Safra.
Sobre a Mater Dei
Com sede em Belo Horizonte (MG), a rede Mater Dei oferece serviços hospitalares e oncológicos e afirma ter 18% de participação de mercado nos leitos privados da capital mineira.
No final do ano passado, a companhia possuía 1.081 leitos hospitalares distribuídos em suas três unidades, localizadas estrategicamente na região metropolitana de BH. Com planos de sua expansão pelo Brasil, atualmente está em construção um novo hospital em Salvador (BA), com 367 leitos e um centro médico.
“A Rede Mater Dei é a única plataforma hospitalar com 100% dos seus hospitais acreditados pela JCI no Brasil (Joint Commission International, certificação de referência mundial no setor hospitalar)”, destaca a empresa em seu prospecto.
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