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O que muda com a nova Selic?

Com o recente corte da taxa básica de juros aqui no Brasil, muitas pessoas podem ficar com dúvidas sobre o que essa mudança mexe no mercado financeiro.


No dia 6 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic em 0,75 ponto percentual, passando de 3,75% para 3% ao ano.


Agora em seu menor nível histórico, a Selic pode gerar uma certa confusão entre os investidores de plantão.


Por conta disso, o TradeMap criou um artigo para ajudar você, investidor, a encontrar mais informações a respeito da nova taxa básica de juros e o que isso muda no mercado financeiro por aqui.


Como a Selic mexe nos meus investimentos?


Com a queda da Selic, o mercado financeiro também sofre alteração. O corte da taxa básica de juros mexe com títulos de renda fixa atrelados a ela.


Neste segmento, existem títulos prefixados e pós-fixados. Isso significa que em:

  • Prefixados: você já sabe o quanto vai ganhar ao vencimento do título

  • Pós-fixados: além de ter um valor fixado, o título conta com um ganho de alguma taxa, como a Selic, CDI ou IPCA

Vale lembrar que os títulos prefixados estão em linha com o valor da Selic, ou seja, ambas agora operam em 3% ao ano. Veja o exemplo abaixo:


Antes de sofrer o corte na última reunião do Copom, a Selic estava em 3,75% ao ano. Da mesma forma, títulos prefixados estavam sendo vendidos também com a mesma taxa. Agora, após redução de 0,75 p.p., esses papéis também são influenciados pelo corte.


Isso quer dizer que, caso um investidor tenha comprado este produto antes da tal alteração, ele deterá um papel com maior rentabilidade ao ano, uma vez que o mesmo título hoje espelhará a nova taxa Selic e, consequentemente, renderá menos.


Por outro lado, os papéis pós-fixados atrelados à Selic perdem valor.


Em detrimento disso, muitos investidores preferem deixar a renda fixa de lado frente à renda variável, como as ações.


Dados da B3 apontam que, apesar de crise provocada por pandemia de coronavírus, a bolsa brasileira ganhou mais de 400 mil novos investidores nos últimos dois meses.


Como a Selic mexe no meu bolso?


Qualquer alteração na taxa básica de juros pode mexer indiretamente com no seu bolso. Veja só:

  • Se a Selic diminui, o crédito tende a ficar mais barato, uma vez que os bancos usam essa taxa como um “espelho”. Por outro lado, a inflação pode subir.

  • Se a Selic aumenta, os juros de crédito ficam mais caros, assim como parcelamento e cheque especial. Contudo, os preços das mercadorias ficam mais estáveis, uma vez que a inflação é controlada.

Além do mais, a Selic também afeta a rentabilidade da caderneta de poupança. Esse investimento já tem a fama de render um valor muito abaixo do esperado e, com o corte da taxa básica de juros, ele detém um valor menor ainda!


Para tal, a poupança segue essas duas regras:


→ Se a Selic estiver igual ou superior a 8,5% ao ano, a poupança renderá 0,5% ao mês + TR*

→ Caso a Selic esteja abaixo de 8,5% ao ano, sua rentabilidade será de 70% da taxa básica de juros + TR*

* Taxa Referencial, hoje zerada


E, afinal, o que é a Selic?


Sempre que vemos algum noticiário ou matéria voltada ao mercado financeiro, encontramos essa tal de “Selic”. Para quem é do ramo econômico, com certeza já sabe de cor a sua importância à economia brasileira, não é mesmo?


Bom, ela nada mais é do que a taxa básica de juros no Brasil. Sua sigla significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia.


Dessa forma, a Selic influencia todas as demais taxas de juros no Brasil, como as que são cobradas em empréstimos, financiamentos e, até mesmo, em retorno de aplicações financeiras, como o Tesouro Selic.


Por que a Selic existe?


A taxa Selic foi criada em 1979, na época em que a economia brasileira enfrentava um cenário (hiper) inflacionário. Por isso, seu objetivo sempre foi conter a inflação, uma vez que sua mudança, determinada pelo Banco Central, está diretamente relacionada ao controle do aumento de preço dos produtos.


Com base nesta ideia, podemos dizer o BC visa os seguintes objetivos:

  • Aumento: desacelerar a economia brasileira e impedir uma inflação super alta

  • Diminui: estimular a economia do país por meio de mais consumo

Como é definida a taxa Selic?


A cada 45 dias, o Copom realiza uma reunião para decidir como ficará a taxa da Selic.


A decisão é baseada em vários indicadores financeiros do país, sendo que, ao fim do encontro, a taxa pode sofrer alguma alteração, tanto para mais quanto para menos, assim como também permanecer estável.

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